Campus de Goiabeiras, Vitória - ES

Histórico

O processo de criação do curso: a primeira versão

A primeira proposta de criação do Curso foi feita na gestão do Reitor Alaor de Queiroz Araújo (1965-1971), conforme consta no livro de atas da Comissão de Criação de Novos Cursos, instituída naquela gestão, cujas atas foram secretariadas pela Sra. Nazian Azevedo de Moraes, que posteriormente foi aluna da primeira turma do Curso de Biblioteconomia da UFES.   A proposta foi elaborada pelo professor Altayr Moraes, assessorado pela Professora Hagar Espanha Gomes que, segundo consta, atuava no Curso de Biblioteconomia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Essa proposta de criação do Curso, submetida à apreciação da Comissão de Criação de Novos Cursos, foi feita com base no modelo de Curso oferecido pela Escola de Biblioteconomia do Ceará e apresentava como justificativa a necessidade de suprir de pessoal tecnicamente qualificado o Serviço Central de Bibliotecas da UFES, já que praticamente não havia bibliotecários no Espírito Santo (MORAES, 1995).

O projeto do Curso de Biblioteconomia e Documentação foi o primeiro processo entregue para emissão de parecer dos membros da Comissão de Criação de Novos Cursos, sendo designado pelo professor Altayr Moraes, coordenador da Comissão e autor do projeto de criação do Curso; como relator do processo, o professor Aldo Franklin dos Santos.

Em reunião de 27 de outubro de 1969, o parecer do relator foi aprovado e o processo encaminhado ao Reitor. Entretanto, constata-se que esse processo esteve arquivado no Gabinete do Reitor, mais ou menos até 10 de dezembro de 1970, apesar dos insistentes pedidos do professor Altayr Moraes para que o mesmo seguisse os trâmites normais visando à implantação do Curso. Nessa data, o Reitor Alaor de Queiroz Araújo esteve presente à reunião da Comissão e disse que a existência de mercado de trabalho, fator utilizado para a criação do Curso no Espírito Santo, não estava sendo considerado pelo Conselho Federal de Educação, e que este  visava mais a valorização do profissional bibliotecário. Apesar disso, reafirmou que, como Reitor, desejava a expansão desse campo de trabalho, tendo em vista as dificuldades encontradas na área de Documentação, sugerindo que se realizasse uma pesquisa com o objetivo de detectar as possibilidades do mercado de trabalho em Biblioteconomia e Documentação.

Ainda na referida reunião, datada de 10 de dezembro de 1970, o presidente da Comissão, professor Rômulo Augusto Penina, solicitou que o processo retornasse do Gabinete do Reitor para a Comissão de Criação de Novos Cursos e designou o professor Valder Collares Vieira para relatá-lo, sugerindo que o Curso de Biblioteconomia e Documentação fizesse parte da Faculdade de Direito.

Apesar dessa solicitação, em reunião de 17 de maio de 1971, o professor Altayr Moraes novamente fala sobre a estrutura do processo do Curso e da urgência de sua tramitação. Nessa mesma oportunidade, o Reitor Alaor de Queiroz Araújo voltou a reafirmar a importância da criação do Curso naquele contexto, sobretudo na Universidade, e lamentou as dificuldades apresentadas para a sua criação. Diante disso, o presidente da Comissão, o professor Rômulo Augusto Penina, convocou outra reunião para o dia seguinte e pautou, dentre outros assuntos, o processo de criação do Curso de Biblioteconomia.

Assim, nessa reunião, o professor Altayr Moraes, que substituiu o professor Valder Collares Vieira como relator do processo, procedeu à leitura do seu parecer e concluiu sugerindo que o mesmo fosse encaminhado ao Egrégio Conselho Universitário. Visando a assegurar a aprovação do processo nessa instância da Universidade, propôs, também, que fossem firmados convênios com a Biblioteca Nacional e com o Instituto Nacional do Livro para obtenção de ajuda financeira à implementação do projeto do Curso. Então, em 18 de maio de 1971, esse parecer foi aprovado por unanimidade pelos membros da Comissão de Criação de Novos Cursos, aprovação esta reiterada em reunião de 20 de maio de 1971, sendo, inclusive, entregue, durante a reunião, em mãos, ao Reitor Alaor de Queiroz Araújo, juntamente com o processo de criação dos Cursos de Comunicação Social e de Arquitetura.                 

O último registro da tramitação dessa primeira tentativa de criação do Curso consta da também última reunião dessa Comissão, datada de 20 de maio de 1971. A equipe de pesquisa não conseguiu recuperar documentos que relatem a extinção da Comissão e/ou que elucidem os fatos que, por um período de três anos, envolveram o destino do processo de criação do Curso após o seu recebimento pelo Reitor Alaor de Queiroz Araújo, para encaminhamento ao Egrégio Conselho Universitário.

O processo de criação do curso: a segunda versão

Revisando os fatos que marcaram a história da UFES, pode-se perceber que tanto a primeira proposta de criação do Curso de Biblioteconomia na UFES (1969) como a segunda (1974) tramitaram num ambiente de grandes mudanças estruturais e funcionais no âmbito da Instituição, e fora dela, pois o País como um todo passava  por  profundas  transformações  políticas, sociais, econômicas e culturais, bem como por reformas educacionais consagradas pela Lei 5.540, de 28 de novembro de 1968. 

No dia 19 de março de 1974, o Professor Ivantir Antônio Borgo, então Sub-Reitor Acadêmico, com base em diligência solicitada no processo número 648/74, encaminhou ao Reitor Máximo Borgo Filho a programação do Curso de Biblioteconomia, organizada pela Sub-Reitoria Acadêmica, fundamentada no Parecer 326/62 do Conselho Federal de Educação, que fixou a duração e o conteúdo mínimo a serem observados nos Cursos de Biblioteconomia existentes no País (UNIVERSIDADE..., 1974).

O segundo processo, que recebeu o n. 1.134/74, propôs a criação do Curso de Biblioteconomia e Documentação na   Universidade e contou com a colaboração da bibliotecária capixaba Lia Manhães de Andrade Frota, que atuava como professora no Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação, com sede no Rio de Janeiro, hoje Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Universidade..., 1974).

Entre outros aspectos apontados para justificar a criação do curso, destaca-se a necessidade de diplomar os profissionais que atuavam na Biblioteca Central da UFES e nas existentes no Espírito Santo, porque, naquele momento, o Conselho Regional de Biblioteconomia - Sétima Região - com jurisdição nos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, já clamava pela legalidade do exercício da profissão no Estado. 

Assim, esses fatos aliados à emergente possibilidade de integração do Espírito Santo, como a maioria dos Estados brasileiros, ao modelo de modernização, patrocinado pelo regime militar, tornaram o momento propício para a criação do Curso de Biblioteconomia e Documentação conforme o Parecer do Professor Emílio Roberto Zanotti, datado de 21 de junho de 1974 (UNIVERSIDADE..., 1974).

Esse parecer foi referendado na sessão da Comissão de Ensino e Extensão do Egrégio Conselho de Ensino e Pesquisa, em 2 de julho de 1974. Assim, em 4 de julho de 1974, é baixada a Resolução 7/74 do Conselho de Ensino e Pesquisa, propondo a criação do Curso de Biblioteconomia e Documentação na UFES.

Seguindo o trâmite, o processo n. 1.134/74 foi também aprovado no Conselho Universitário, segundo o Parecer do relator Roberto João Vervloet, na sessão de 10 de julho de 1974 e encaminhado à Secretaria Geral do Ministério da Educação e Cultura, conforme pode ser constatado pela Resolução 9/74, baixada pelo Conselho Universitário.

Não obstante a proposta de criação do Curso ter sido aprovada em última instância da Universidade, consta do ofício n. 399/74-R, emitido pelo Reitor Máximo Borgo Filho, que tanto o Curso de Biblioteconomia e Documentação como o de Comunicação Social, também aprovado na mesma época, teriam caráter temporário, com previsão para a formação de três turmas, com um número não superior a 240 profissionais, ou seja, oitenta alunos por ano. Julgava-se que esse número de profissionais seria suficiente para atender à demanda do mercado de trabalho, fato que dispensava a realização de novos vestibulares para esses dois cursos. Dessa forma, a Universidade estaria evitando a oferta, por prazo indeterminado, de um número de graduados superior à capacidade de absorção do mercado de trabalho da época.

A ampliação do mercado de trabalho em Biblioteconomia teve como um dos fatores, na década de 70, a industrialização do Estado do Espírito Santo que favorecia a absorção pelas empresas capixabas de bibliotecários com formação profissional acadêmica. Tal ampliação do mercado de trabalho representou, no âmbito da Universidade, o atendimento do Artigo 4º da Resolução nº 15/74 do Conselho de Ensino e Pesquisa, que determinava que “decorrido o prazo de 3 (três anos) a Universidade só poderá abrir novas vagas se comprovada a necessidade do mercado de trabalho...” (UNIVERSIDADE..., 1974).  

Por outro lado, Perota (1995, p. 111) afirma que, na época, havia “uma política de preservação de vagas ligada à manutenção de recursos orçamentários” que pode ter sido, também, um determinante que compôs a ambiência necessária para que os Cursos de Biblioteconomia e de Comunicação Social fossem oferecidos em caráter permanente.

Em 12 de setembro de 1974, o Jornal “A Gazeta” publica a criação do Curso, divulgando o currículo de Biblioteconomia e comunicando à sociedade capixaba a realização do primeiro exame vestibular em Biblioteconomia, na área III, a partir de 5 de janeiro de 1975, ressaltando que

 ...a criação do curso de Biblioteconomia na UFES é fruto de um estudo de viabilidade solicitado pelo Reitor Máximo Borgo Filho à equipe técnica que o assessora, fundamentado no número de bibliotecas no Espírito Santo, bem como em levantamento de profissionais da Biblioteconomia. A conclusão a que chegou o grupo incumbido desse trabalho revelou que não há cinco bibliotecários formados no Estado. Por outro lado, verificou o grupo que, quer nas repartições públicas, onde já existem bibliotecas, quer nas grandes empresas particulares, a tendência é modernizar ou criar bibliotecas, mas essa tarefa tem sido praticamente impossível devido à carência de profissionais do ramo  (A GAZETA, 1974, p. 6).

O processo de reconhecimento

O reconhecimento do Curso de Biblioteconomia, pelo Ministério da Educação e Cultura, foi um processo moroso e difícil, mas relevante e inadiável, como afirma a professora Raimunda Augusta de Queiroz, primeira docente contratada pela Universidade para lecionar no Curso. 

Estando o curso em pleno funcionamento, despejando profissionais no mercado de trabalho, urgia que se agilizasse o seu reconhecimento junto ao Conselho Federal de Educação. Para isso, era necessário montar um processo contendo informações sobre o curso; foram feitas auditorias por pessoas delegadas pelo CFE/MEC e o processo seguiu seus trâmites de praxe, até receber   o parecer final favorável ao funcionamento do curso (...) vale lembrar as dificuldades enfrentadas na montagem desse processo. Foi designado uma Comissão de professores da qual eu era a presidente. Havia um docente da área de História, o Professor Renato Pacheco, e mais duas professoras da área, a Fátima[Maria de Fátima Barreto] e a Maria Luiza Perota. A dificuldade residia no fato de estarmos executando um trabalho de extrema importância para o curso e do qual não entendíamos absolutamente nada. Não nos foi dada nenhuma orientação. Depois de muitos erros e acertos e de eu ter levado, em mãos, o processo ao Conselho Federal de Educação, em Brasília, e de um bom período de espera, o curso obteve o reconhecimento oficia  (QUEIROZ, 1996). 

Apesar da importância da legalização, constata-se que, desde a criação, em 1974, até o início de 1977, as investidas para o reconhecimento do Curso não haviam surtido o efeito desejado.

Em 25 de abril de 1977, o Ministério da Educação comunica, mediante correspondência enviada ao Reitor, o cronograma das análises dos processos de reconhecimentos de cursos, incluindo o Curso de Biblioteconomia. A primeira turma estaria se formando em 1978 e, de acordo com as exigências do Artigo 2º da Resolução nº 5/72 do Conselho Federal de Educação,

As escolas que, ao diplomarem a primeira turma de qualquer de seus  cursos, não houverem solicitado o reconhecimento ou não tiverem cumprido diligência determinada pelo Conselho Federal da Educação, ao apreciar o respectivo pedido de reconhecimento, não poderão realizar  concurso vestibular para o mesmo curso. 

Diante disso, em 23 de maio de 1977, a Professora Raimunda Augusta de Queiroz, então Coordenadora da Comissão Permanente de Integração Curricular do Curso de Biblioteconomia, solicita à Sub-Reitoria Acadêmica colaboração no sentido de implementar o processo de reconhecimento do Curso.

Em Portaria de n. 37/77, datada de 8 de julho de 1977, o então diretor do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas - CCJE, professor Valder Colares Vieira, designa uma Comissão composta pelas professoras Raimunda Augusta de Queiroz (Presidente), Maria de Fátima Barreto e Maria Luiza Loures Rocha Perota, todas docentes do Curso, para, além da incumbência de “coordenar e superintender o Curso de Biblioteconomia”,   também preparar, num prazo de noventa dias, contados a partir da data de publicação da referida Portaria, o processo de reconhecimento do Curso.

A Comissão Verificadora, designada pelo Ministério da Educação e Cultura, visitou a UFES nos dias 12, 13 e 14 de dezembro e elaborou o relatório que subsidiou a análise do relator, Sr. Edson Machado de Souza, que emitiu o Parecer n. 7.214/78, favorável ao reconhecimento do Curso, em 9 de novembro de 1978, portanto, quase um ano depois da visita.

O Conselho Federal de Educação comunica em 13 de novembro de 1978, o reconhecimento do Curso por meio do radiograma n. 17.644, transmitido às 15 horas e 12 minutos. O reconhecimento do Curso de Biblioteconomia representava não somente a legalização dos diplomas emitidos pela UFES, mas, principalmente, sedimentava e valorizava todo o trabalho iniciado com a criação do Curso, no Espírito Santo, em 1974.  

Infraestrutura departamental

O Curso de Biblioteconomia foi implantado na estrutura do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas e vinculado ao Departamento de Administração.

A justificativa para a não criação do Departamento de Biblioteconomia, quando da sua implantação, reside no fato de que o Curso fora instalado sem a quantidade mínima de docentes exigida pela legislação em vigor, ou seja, doze professores.

A equipe de pesquisa constatou que o Curso de Biblioteconomia foi criado sem qualquer infra-estrutura para o seu funcionamento, apesar de ter sido vinculado a um Curso já estruturado política e academicamente. Faltavam desde salas de aulas e materiais didáticos até laboratório de ensino, indispensáveis à realização das aulas práticas. No entanto, como afirma Queiroz (1996),  

Estes problemas assumiram caráter de relativa significância diante de   um de proporções maiores: a escassez de recursos humanos capacitados para formar o elenco de docentes da área chamada profissionalizante. A Universidade criara o Curso de Biblioteconomia mas não dispunha de profissionais bibliotecários para lhe ajudar a formar seus futuros profissionais.  

Ainda, segundo Queiroz (1996), a fórmula encontrada pela UFES, para solucionar esse problema inicial de infra-estrutura básica, consistiu na contratação de bibliotecários de outros Estados brasileiros bem como daqueles chegados ao estado recentemente, para atuar em Instituições como o Banco de Desenvolvimento do Estado do Espírito Santo, Empresa Capixaba de Pesquisa Agropecuária e Biblioteca Pública Estadual. Desta forma, o corpo docente do Curso foi formado, inicialmente, por bibliotecários dos Estados do Ceará, Paraná, Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraíba e Minas Gerais, cujo tipo de mão-de-obra era escasso no Espírito Santo.

Vencidos os primeiros obstáculos, formaram-se as primeiras turmas   de bibliotecários e os egressos do curso começaram a ser absorvidos também pelo cursos, facilitando  sobremaneira o recrutamento de pessoal pela Universidade (QUEIROZ, 1996).   

Já para sanar problemas relacionados à falta de materiais didáticos, o Curso contava com a colaboração dos alunos que os traziam das instituições onde trabalhavam ou, então, se cotizavam para comprá-los, como exemplo as tabelas de classificação bibliográfica como Classificação Decimal Universal, enquanto a Classificação Decimal de Dewey foi disponibilizada em consignação com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA.

Além dessas soluções para as deficiências de infra-estrutura, é importante ressaltar que o profissionalismo, a competência e a criatividade dos primeiros professores contratados foram fatores decisivos que impulsionaram o Curso, dotando-o de condições mínimas para que seguisse a sua trajetória.

A desvinculação do Curso do Departamento de Administração, com a criação do Departamento de Biblioteconomia, foi um outro fator marcante da história do Curso de Biblioteconomia da UFES, pois representou a autonomia política, acadêmica e administrativa necessárias a sua gestão e seu reconhecimento no ambiente institucional.

Essa era uma reivindicação dos doze professores que compunham o quadro docente do Curso que, em 27 de março de 1980, sob a coordenação das professoras Maria de Fátima Barreto e Maria do Carmo Iório Bizzo, encaminharam ao Departamento de Administração um documento propondo a desvinculação do Curso do Departamento de Administração e a criação do Departamento de Biblioteconomia.

A criação do Departamento de Biblioteconomia concretizou-se em 30 de abril de 1980, pela Resolução 14/80 do Conselho de Ensino e Pesquisa que considerou, também, a aprovação do pedido pelo Conselho Departamental do CCJE, presidido pelo professor Luiz Flores Alves.

Em 19 de maio de 1980, o Departamento de Biblioteconomia realizou a primeira eleição para seu chefe e subchefe. Para chefe, foi eleita a professora Isabel Cristina Louzada, e para subchefe, a professora Maria Luiza Loures Rocha Perota, que administraram o Departamento por um período de dois anos, a contar da data da eleição.

Em 1987 o Departamento iniciou um programa de investimento na área de PÓS-GRADUAÇÃO com o objetivo de capacitar o seu corpo docente. Nessa ocasião, foi ministrado o Curso de Especialização em Documentação e Informação (CDC), resultado de um convênio de cooperação técnica assinado entre UFES/UFRJ/IBICT. Uma segunda turma desse curso foi oferecida em 1989, ainda dentro do convênio entre UFES/UFRJ/IBICT. Turma esta aberta à comunidade bibliotecária capixaba.

Dando continuidade à proposta de contribuir para a formação de recursos humanos cada vez mais capacitados para atender às exigências de uma sociedade moderna, em 1995, foi definida uma nova área de concentração no ensino de pós-graduação do Departamento de Biblioteconomia/UFES. O resultado dessa política foi a oferta do Curso de Especialização em Serviços de Informação Educativos, por meio de uma parceria firmada entre a UFES e a USP.

Procurando ampliar, ainda mais, seu campo de atuação e suprir as demandas dos profissionais da área de informação, e principalmente visando a especialização do corpo docente para a implantação do Curso de Graduação em Arquivologia na UFES, o então Departamento de Biblioteconomia ofereceu, em 1997/1998 e em 1999/2000, o Curso de Especialização em Arquivos. Essa iniciativa foi resultado das parcerias entre a UFES, a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), a Universidade de São Paulo (USP), o Arquivo Nacional (AN) e o Arquivo Público Estadual (APE-ES).  

Dessa forma, a criação do CURSO DE GRADUAÇÃO DE ARQUIVOLOGIA tornou-se realidade em 1999, quando foi oferecida sua primeira turma. O Departamento, então, para incorporar esse novo curso de graduação, passou a denominar-se DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA INFORMAÇÃO, cuja ESTRUTURA ORGANIZACIONAL  é bastante específica, pois é o únicoDepartamento de Curso da UFES que oferece dois cursos de graduação.

Referências

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CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO. Parecer n. 7214, de 9 de novembro de 1978. Reconhecimento do Curso de Biblioteconomia da UFES. Relator: Edson Machado de Souza, 1978 (Arquivo do Departamento de Biblioteconomia da UFES).

CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO. Portaria n. 304, de 23 de novembro de 1977. Constituição de comissão verificadora das condições de funcionamento do Curso de Biblioteconomia para fins de reconhecimento. Brasília, 1977 (Arquivo do Departamento de Biblioteconomia da UFES).

CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO. Radiograma n. 17644, de 13 de novembro de 1978. Comunica o reconhecimento do Curso de Biblioteconomia da UFES. Brasília, 1978 (Arquivo do Departamento de Biblioteconomia da UFES).

CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO. Radiograma n. 212, de 9 de setembrode 1974. Comunica a   permissão para a criação do Curso de Biblioteconomia pela UFES. Brasília, 1974.  

MINISTÉRIO aprova 2 novos cursos na UFES. A Gazeta, Vitória, 12 set. 1974. p. 6.

MORAES, Nazian de Azevedo. História do curso de Biblioteconomia da UFES.

Entrevista concedida à Dulcinéa Sarmento Rosemberg, Vitória, 22 set. 1996.


PEROTA, Maria Luiza Loures Rocha. História do curso de Biblioteconomia da UFES. Entrevista concedida à Dulcinéa Sarmento Rosemberg, Vitória, 20 out. 1996.

___. O resgate da memória da UFES : a fotografia     como fonte de pesquisa. Vitória, 1995. 170 p. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Federal do Espírito Santo.

QUEIROZ, Raimunda Augusta de. História do curso de Biblioteconomia da UFES. Entrevista concedida a Dulcinéa Sarmento Rosemberg, Vitória, 15 out. 1996.

SOUZA, Francisco das Chagas de. O ensino de Biblioteconomia no contexto brasileiro. Florianópolis: UFSC, 1990.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO. Comissão de Criação de Novos Cursos. Livro de atas de reuniões. [Vitória, 1969/1971].

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO. Conselho Universitário. Livro de atas de reuniões. [Vitória, set. 1973/set. 1974].

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO. Sub-Reitoria de Graduação.Processo n. 1.174/74. Dispõe sobre a criação do Curso de Biblioteconomia da UFES. [Vitória, 1974].
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